✨ Bem-vinda ao LibertaMente ✨

Sinta-se em casa.
Este é um espaço criado com carinho para acolher sua história, suas dores e também seus sonhos mais silenciosos.
Aqui, você pode respirar fundo, desacelerar e se permitir sentir.
Cada palavra foi pensada para abraçar sua alma e lembrar que você é mais forte, mais linda e mais capaz do que imagina.

No LibertaMente, acreditamos que cuidar de si mesma não é egoísmo — é amor.
Amor que cura, que reconstrói e que te leva a viver com mais leveza e propósito.

Você não está sozinha nessa jornada.
Que este seja o seu refúgio para reencontrar a si mesma e florescer, no seu tempo, no seu jeito.

Bem-vinda. 💛

“Uma história real de perda, luto e a busca por esperança em meio à dor.”

“Naquele dia, enquanto tudo desmoronava ao meu redor, percebi que minha vida nunca mais seria a mesma.”

Meu nome é Ivanete Pompeo, e esta é a minha história. Venho de uma família tradicional, onde meu pai era o provedor e minha mãe cuidava da casa e dos filhos. Sou a filha mais velha de três irmãos e, mesmo não tendo sido uma criança planejada, cresci em um lar com valores sólidos, cheio de respeito e amor.

Aos dezenove anos me casei com um homem extraordinário, que sempre me honrou e respeitou. Pouco tempo depois, aos vinte e dois, me tornei mãe. Foi nesse momento que compreendi, de forma profunda, o verdadeiro significado do amor e do que é ser família.

A vida, no entanto, não foi fácil. Passamos por dificuldades financeiras, e como nossa filha ainda era pequena, precisei abrir mão de trabalhar fora. Mesmo com tantas renúncias, lutamos juntos pelo nosso maior sonho: conquistar a casa própria. Com o tempo, tudo começou a melhorar, novos planos surgiram… mas jamais poderíamos imaginar a tempestade que estava prestes a chegar.

No dia 19 de janeiro de 2014, acordei com a cena que jamais esquecerei: meu marido convulsionava ao meu lado. O desespero tomou conta, e logo o SAMU nos levou às pressas para o hospital. Ali começava o pior pesadelo da minha vida: uma jornada de internações, exames e médicos, até que recebemos a sentença que destruiu nossos sonhos — glioblastoma grau 4, câncer no cérebro. Não havia cura. Apenas tratamentos para tentar prolongar o tempo.

Durante um ano e oito meses, lutamos juntos contra essa enfermidade cruel. Foram dias de hospitais, quimioterapias, radioterapias, convulsões e cirurgias. Em uma das internações, que durou 17 dias, nossa filha completou 15 anos. Aquele que deveria ser um dos dias mais felizes da sua vida se transformou em lágrimas, pois estávamos em isolamento. Nem mesmo um abraço pude lhe dar.

A dor se tornou insuportável no dia 16 de setembro de 2016, quando meu marido partiu. Eu sabia que esse dia chegaria, mas nada me preparou para a despedida. Precisei ser forte, pois tinha uma filha adolescente que sofria profundamente com a perda do pai.

Como se não bastasse, eu estava desempregada, havia perdido a casa, acumulava dívidas e ainda precisava pagar aluguel. Em muitos momentos pensei em desistir. Mas em minhas orações, clamei a Deus por forças — e Ele me ouviu. Foi Ele quem me sustentou de pé quando tudo em mim queria desmoronar.

Em 2017, recomecei. Voltei a trabalhar e, pouco a pouco, vi minha vida sendo reconstruída. Conquistei novamente meu apartamento, troquei de carro e, acima de tudo, vi minha filha florescer. Hoje, ela é formada, forte e determinada — reflexo da luta que enfrentamos lado a lado.

Esta não é apenas uma história de dor, mas de fé, superação e renascimento. Porque, mesmo quando tudo parecia perdido, Deus me mostrou que o fim de um capítulo pode ser o início de uma nova história.

Ivanete Pompeo